Foi no Monte do Pilar que as primeiras comunidades humanas se fixaram. Aliás, o topónimo Penamaior, ou Penha Maior, revela uma estratégia de povoamento que assentou na expansão do habitat à custa do relevo e no alargamento das terras aráveis, através do aproveitamento das zonas altas da região. São vários os vestígios da cultura castreja na área da freguesia.

 

O Castro da Vila, próximo do lugar com o mesmo nome, e o Castro do Busto, na fronteira com Meixomil, são porventura os dois mais significativos marcos da presença do homem nesta zona. O Castro da Vila situa-se a sueste do Pilar, numa elevação montanhosa superior a quatrocentos metros de altitude. Assenta numa ampla plataforma central e apresenta uma múltipla cintura defensiva, com duas muralhas a proteger o povoado. Entre o espólio recolhido, encontram-se duas dezenas de vasilhas de barro, pratos circulares de fundo raso, pequenas bilhas e uma púcara sem asas.

 

O Castro de Busto está localizado no relevo montanhoso da Serra da Citânia até ao Pilar. A zona habitacional era constituída por dois pisos centrais, sendo que, mais abaixo, encontrava-se uma larga praça adjacente ao castro. A única casa circular mais visível estava no patim central. Com um diâmetro de cinco metros e meio, foi construído em pedra, com aplicação de barro cru nas juntas. No início da época medieval, Penamaior estava integrada na chamada Terra de Sousa. A partir de 1258, passou para o Julgado de Refojos de Riba d’ Ave. Era uma freguesia importante, com muitos funcionários ao seu serviço. A partir de 1836, passou a pertencer ao concelho de S. Tomé de Negrelos. Só em 1895 é que seria integrada em Paços de Ferreira. Actualmente, o sector terciário desempenha um importante papel na sua economia. Destaque-se a Feira do Cô, cuja história remonta a vários séculos atrás. Realiza-se duas vezes por mês, nos dias 5 e 21 de cada mês. Com instalações melhoradas há alguns anos, tornou-se um ponto de atracção em toda a região. No que diz respeito ao património edificado, referência para a Igreja Paroquial e para toda a área do Monte do Pilar e sua Ermida, verdadeiro coração histórico da freguesia. Realce também para a Ermida de Santa Marinha e para a Capela do Senhor. Quanto à Igreja Paroquial, merece destaque pelo trabalho de entalhador que o portuense António Gomes levou a cabo, em 1704, por ordem do reitor da freguesia. No entanto, sofreu adulterações posteriores. A pedra tumular que se encontra no adro data do século XIV. A Ermida da Nossa Senhora do Pilar, por seu lado, está situada no monte do mesmo nome. Assenta sobre uma grande rocha de granito – a já referida penha maior – de onde deriva Penamaior. Com uma grande festa no dia 15 de Agosto de cada ano, oferece perspectivas deslumbrantes das terras em redor. A Capela do Senhor (de Mirelo) é um templo modesto, com sacristia lateral. Está situada no ponto mais alto do cemitério, em Mirelo.